terça-feira, 16 de agosto de 2011


Um vazio foi tomando conta dentro de mim, desses vazios que doem e fecham a boca do estomago. Uma saudade dele, uma saudade deles. O avião demorava de sair da pista por conta de um engarrafamento aereo, uma vontade de chorar contida ia aumentando nas entranhas, sem conseguir sair. A aeromoça com aquele sorriso de doer a bochecha me deixou triste (e se ela estivesse num mal dia?), os três argentinos “pelotudos” que se sentaram atrás de mim me deixaram incomoda, empurrando a cadeira e falando alto e num espanhol que até eu falaria melhor. Não conhecer ninguém ali dentro me deu um medo e as turbulencias que seguiram toda a viagem me aterrorizaram. Por fim dormir, dormi bastante, acho, e quando acordei tudo já era mais aceitável, a dor já não me incomodava tanto e a vida pareceu seguir um rumo não tão difícil.

As lembranças de sensações como as que eu passei estarão comigo por um bom tempo e tenho amor em estoque.

Buenos Aires me recebeu umida e não tão fria como eu esperava. As pessoas me pareceram menos histéricas e neuróticas. E minha casa, minha amiga e minha gata me abraçaram.

Viva o inverno na Bahia!

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